quarta-feira, 21 de setembro de 2011


Significado de nacionalismo: 
O preceito que os Alemães ultilizaram para matarem um 'pouquinho de pessoas'.


Origem do conceito do nacionalismo:
O nacionalismo foi uma ideologia surgida após a Revolução Francesa e teve uma grande influência na organização política de muitos estados durante todo o século XIX. A origem do nacionalismo prende-se com a Revolução Industrial e o capitalismo surgidos nos finais do século XVIII em alguns países da Europa e o seu consequente desenvolvimento económico levou a que outros países almejassem alcançar as mesmas vantagens económicas e políticas. Segundo alguns autores, a ideologia do nacionalismo serviu para mobilizar outros países na criação de circunstâncias políticas que levassem ao desenvolvimento económico e material através do capitalismo. Este processo veio a verificar-se também durante o século XX, na redefinição das fronteiras, posteriormente ao fim da Primeira e da Segunda Grandes Guerras, em que algumas nações deram origem a novos países. Os movimentos nacionalistas estão ligados tanto a fações políticas de esquerda como da direita, tendo dado origem a regimes fascistas na Europa mas também a movimentos autonomistas tanto em África como na Ásia.

O nacionalismo, embora mais concentrado nas identidades históricas e culturais dos povos, foi também usado pelos setores pró-racistas para sustentar as diferenças étnicas que estiveram na base dos movimentos fascistas, neofascistas ou os setores nacionalistas conservadores que defendem certas formas menos radicais de racismo. As ideologias racistas alegam certas relações entre características biológicas reais ou induzidas das "raças" com as diferenças culturais e históricas dos povos.
A distinção entre nação e estado é pertinente dado que dentro de um mesmo estado podem coexistir diferentes nações como é o caso, por exemplo, de Espanha, com o País Basco e a Catalunha. Existem nações que não estão organizadas política ou institucionalmente mas que podem ser consideradas nações pelo facto de tradicionalmente partilharem um sentimento de identidade nacional, como é o caso de muitas nações inseridas na grande maioria dos estados africanos.


Difusão do nacionalismo no século XIX:

Sociologimanente o nacionalismo é a preferência por tudo o que é próprio de uma nação, ou seja, doutrinas políticas, religiosa, cultural e social, assim o nacionalismo se torna um sentimento que estabelece uma estreita ligação entre os indivíduos de uma mesma nação.
O nacionalismo defendia uma idéia de que as nações divididas em mini estados ou então dominadas por outros países deveriam unificar para gozar de autodeterminação.


A origem do conceito de estado nação
A ideia de Estado-nação nasceu na Europa em finais do século XVIII e inícios do século XIX. Provém do conceito de "Estado da Razão" do Iluminismo, diferente da "Razão de Estado" dos séculos XVI e XVII. A Razão passou a ser a força constituidora da dinâmica do Estado-nação, principalmente ao nível da administração dos povos. A ideia de pertença a um grupo com uma cultura, língua e história próprias, a uma nação, foi sempre uma das marcas dos europeus nos últimos séculos, ideal que acabariam por transportar para as suas projeções coloniais. Há um efeito psicológico na emergência do Estado-nação, pois a pertença do indivíduo a tal estrutura confere-lhe segurança e certeza, enquadramento e referência civilizacional. O Estado-nação afirma-se por meio de uma ideologia, uma estrutura jurídica, a capacidade de impor uma soberania, sobre um povo, num dado território com fronteiras, com uma moeda própria e forças armadas próprias também. É na sua essência conservador e tendencialmente totalitário.
O aparecimento do Estado-nação corresponde à fase nacionalista do Ocidente e ao seu processo de industrialização. Assim, o seu surgimento justificou investimentos tecnológicos e com eles lucrou, fomentando as economias nacionais e gerando capacidades militares de defesa e mesmo de ataque. Além do mais, transformou o nacionalismo numa ideologia que não mais parou de ganhar adeptos e permitiu aspirações de natureza económica e territorial. Marx defendeu ainda que o proletariado era apátrida, era internacional, mas a Primeira Guerra Mundial, na sua origem como nas suas consequências, acabou por reforçar a ideia do Estado-nação e dos nacionalismos. Estes foram combatidos pela União Soviética, plurinacional mas internacionalista, mas que na sua desagregação acabaria por ver irromper, no seu antigo território, tantos Estados-nações amordaçados durante mais de setenta anos. A União Soviética, no entanto, não era um Estado-nação, mas um conjunto de 15 Estados-nações e mais de 100 povos por eles espalhados, muitos nómadas e clânicos mas, com a sovietização, enquadrados dentro de limites territoriais impostos por Moscovo.
Se nasceu entre as potências colonizadoras no século XIX, também nesta centúria o conceito de Estado-nação ganharia os povos da Europa de Leste, ameaçando ruir os antigos impérios dinásticos da Europa, nomeadamente o Austro-Húngaro, em cujo seio estalou a Primeira Guerra Mundial, graças a um estudante sérvio que lutava pela proclamação de um Estado para a sua nação sérvia. Era a época dos nacionalismos e da emergência das nacionalidades, que Estaline reprimiria na União Soviética e que Hitler tentara subjugar com o nazismo, mas que acabou por sair da Europa e conquistar outros continentes, acelerando a descolonização africana, por exemplo. Nalguns casos, no pós-Segunda Guerra, o nacionalismo ganhou um cariz religioso, como o Irão xiita, noutros assumiu o comunismo como bandeira ideológica e política.
Mas na Europa, com Charles de Gaulle e Jean Monet, por exemplo, sem se perder a ideia do Estado-nação, criou-se, com a Comunidade Europeia, a Europa das Nações, que tem paralelo militar e político na NATO e até nas Nações Unidas. As nacionalidades não se diluíram, pelo contrário, como nos Balcãs, antes se agruparam na prossecução de interesses e estratégias que só em comum em concertação poderiam superar crises e estabelecer vias e metas para o futuro. Outros pontos do globo, a ideia de um povo, uma língua, um território, logo uma nação, daí a necessidade de Estado, a independência enfim, tem pulverizado e retalhado antigos grandes Estados, gerando conflitos e escaladas de violência inusitadas.

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